Peñas Blancas, 23 de Dezembro

Depois da atribulada passagem da aduana em longas filas de espera e indicacoes contrarias dos guardas fronteiricos e onde fizemos jus a nossa boa nacionalidade, confirmada pelo norte Europeus e o gringo tentando furar, passar, enganar e subornar todas as filas e pessoas que iamos encontrando nos longos 3 km e nas 4 horas que la passamos, devido a uma discussao entre um camionista e um condutor de autocarro onde nenhum queria recuar um metro que fosse para facilitar a passagem do outro e de toda a fila ja de km atras de um e do outro, depois do ferry entre punta arenas e a peninsula de Nicoya e depois ainda do taxi que por caminhos sinuosos ligam as pequenas vilas pacificas da peninsula chegamos finalmente a Montezuma sitio onde passaremos o Natal.

Isla Ometepe, 22 de Dezembro

E oficial, estamos mesmo a viajar juntos com um casal composto por um Sueco e uma Dinamarquesa que conheci na fronteira das Honduras com a Nicaragua e passados 4 dias voltei a encontrar ja na playa Madero.
Depois de uma noite inteira a jogar poker e por termos o roteiro da viagem em comum decidimos ir passar os ultimos dia antes do Natal a isla Ometepe, situada no meio do lago Nicaragua.
Ficamos hospedados num simpatico hotel com um pateo interior mesmo no meio da vila onde chega o ferry que faz a travessia entre S. jorge no continente e esta "cidade" do Moyogalpa.
A ilha esta practicamente no seu estado selvagem, conhece pouco turismo, e os seus habitantes estao dispersos por pequenas vilas separadas pela sua densa vegetacao.
Dois vulcoes ( um ainda activo) que existem no centro do lago, ao expelirem a lava, criaram entre eles uma passagem entre eles e agora ambos formam apenas uma ilha.
Optamos por alugar duas motas, e assim partir a descoberta dos seus lagos, cascatas, rios e vulcoes, sempre claro acompanhados pela Majken e o Steven.
Conhecemos tambem um americano que connosco jantou todos os dias e com quem partilhamos um quarto, e por no fim destes dois dias estarmos a disfrutar da companhia uns dos outros e dado o mau tempo na costa caribe, onde inicialmente tinhamos previsto passar o Natal, concordamos todos seguir em direccao a Costa Rica para la passarmos o Natal juntos.

Tortuga Bay

O Marcus dirigi-se a praia com um balde e uma pa.
Nao posso acreditar no que vejo...
Uma tartaruga verde a desovar a minha frente.
Rodeamo-la tentando nao incomoda-la. Cem metros mais a frente na praia estao 3 vultos e um cao logo identificados pelo Marcus como cacadores de ovos.
Marcus dirige-se a eles e "explica-lhes" que nao vao puder ficar com os ovos de maneira nenhuma.
Em vez disso e num instante vai cozinhar 3 burritos para os cacadores e pede-nos que fiquemoa a vigiar a tartaruga.
O processo e demorado e lento. A tartaruga parece exausta depois de enterrar os ovos a uma profundidade de 30 ou 40 cm.
Comecamos a desenterrar os ovos, o plano e voltar a enterra-los no pateo entre as tendas no meio do Matilda. Faz sempre isso porque ai sabe que os pescadores nao sondam a areia espetantando ferros para ver se picam algo.
Acabamos por ter de fazer um trato com os pescadores pois nao encontramos os ovos. No fim estavam apenas a 30 cm do sitio onde estavamos a cavar. Os locais ficam com metade dos ovos cerca de 40 por terem ajudado a encontra-los.
Uma coisa que me espantou e que os ovos sao incrivelmente baratos, mesmo mais que as bananas. Mesmo assim ha pessoas que vivem disso.
Tivemos uma sorte unica por ver naturalmente e intervir num processo que qualquer turista na costa rica paga mais de 50 euros para ver de longe.

Playa Madero Nicaragua del Sur

-Puto era mesmo isto que andavamos a procura a dias diz-me o Miguel com um sorriso na cara entre duas carreirinhas nas ondas da playa Madero.
Finalmente uma praia semi-deserta com areia com fartura rodeada de selva povoada por meia duzia de surfistas que tudo o que fazem e surfar de dia e embubadarem-se de morte a noite.
Matilda's o hostel e em cima da praia dissimulado pela selva.
Eu e o Fred ficamos a dormir numas construcoes parecidas com tendas mas feitas de cimento.
O dia e passado a tentar aprender a surfar.
Com uma long-board e uma prancha que um americano residente de 17 anos nos empresta, ainda nos pomos de pe durante alguns segundos. O tempo nao esta perfeito mas a temperatura e altissima.
A noite conhecemos Marcus, um canadiano com ar de motoqueiro, que ha 7 anos passa ali naquela praia a temporada de inverno e regressa de vez em quando no verao ao Canada.
E uma personagem unica. Fala aos gritos e e um pouco agressivo, contador de historias eximio, convida-nos para tomar um copo no seu bar improvisado e construido por ele.
Apesar de me dar ideia de nao precisar muito de dinheiro por nao o gastar e por talvez ter dado um golpe forte no Canada ( repete que ja foi um homem muito mau, e ja teve preso- eu acredito) faz tudo, le sinas, aluga pranchas, ensina a pescar, filma surfistas, da aulas de surf etc.
Os seus servicos estao anunciados numa prancha de surf partida a porta da tenda onde vive.
Claro que nao acredita em nada daquilo que faz, e fa-lo mais pelo gozo e brincadeira visto ate pela maneira pomposa como descreve os seus servicos com um sorriso na cara.
Nessa noite a ultima, a hora do jantar encontramos um casal Sueco e Dinamarques que partilharam ha dias um autocarro connosco senao me engano ate Managua.
Jantamos, jogamos poker e ficamos amigos.

Granada, Nicaragua, 17 de Dezembro

Granada e uma simpatica cidade colonial junto ao enorme lago Nicaragua.
Uma noite agradavel de volta a civilizacao.

Tegucigalpa, 16 de Dezembro

Acabamos na cidade mais escura e sombria do mundo.
Visto a nossa viagem a la Mosquitia nao se ter realizado por falta de oferta de meios de transporte e tempo, durmo num hotel perto do terminal de autocarros perdido no meio de Tegucigalpa.
O objecitvo e deixar a cidade quanto antes nem mesmo desperdicando tempo a tentar arranjar alguma coisa para visitar.
Tenho ainda tempo na minha fugaz visita a cidade de ser abordado numa esquina por um homem a tentar vender-me ovos de tartaruga com um cesto cheio de molhos e temperos para os temperar.
Lembro instantaneamente do filme "the beach" que quando oferecem sangue de cobra a Di Caprio e ele recusa, dizem-lhe que entao ele e como todos os outros turistas com medo de um desafio -everything's safe just like Ameeericcaa...
Sinto-me tentado a experimentar mas nao sei se por medo a uma indigestao de dias, se por respeito ao facto da tortuga ser um animal em vias de extincao corto-me.

Trujillo, 14 de Dezembro

O tempo nao tem estado de feicao para as nossas andancas.
Forcados a deixar as ilhas , apontamos como destino Trujillo.
Trujillo e uma pequena cidade na baia onde se encontram as Bay Islands, habitada apenas por pescadores locais que praticamente nao conhece turistas a nao ser por engano.
Hospedamo-nos na residencia Cocopango mesmo junto a praia da cidade.
A dona do hotel, uma local dos seus 35 anos, e uma mulher de armas. Gere o seu restaurante/discoteca/hotel com uma eficiencia que me deixa espantado para o que estou habituado por aqui!
Logo na primeira noite a hora do jantar, tivemos a sorte de assistir a um espectaculo de uma orquestra local composta por musicos de jambe e carapacas de tartaruga. Disfrutamos de um belo jantar de pescado, bananas fritas tudo regado como nao podia deixar de ser pela cerveja nacional "Salva-Vidas".
No dia seguinte e por a praia da cidade estar cheia de garrafas, garrafoes e velhas xinelas abandonadas, decidimos ir para uma praia pertencente a um camping uma serie de km mais a frente na baia. O dia foi bem passado numa praia totalmente deserta mas com pouca areia e muita vegetecao.
Ja a noite no hotel, decidimos que devido ao mau tempo iriamos no dia seguinte para la Mosquitia, a regiao mais inospita e selvagem das Honduras onde so e possivel chegar tomando uma serie de barcos que cruzam os seus rios e lagoas infestados de crocodilos e mosquitos.

Port Royal-a ilha das cabecas cortadas

Port Royal e uma vila com tres casas a beira de uma baia que apos Colombo aqui ter acostado e em seguida ter abandonado por 400 anos serviu de base ao famoso pirata Henry Morgan.
A baia chegou a albergar mais de 5000 piratas que patrulhavam e pilhavam a rota dos galeoes espanhois.
Estes piratas viriam anos mais tarde a ser chacinados pela marinha Espanhola.
Durante largos anos e apos a azafama dos corsarios, esta baia tranquila serviu apenas de casa aos Garifuna (descentes de escravos Africanos e Indios da America Central) ali foram abandonados pelos colonizadores do novo Mundo.

Ilha das cabecas cortadas, 13 de Dezembro

Na sua quarta e ultima viagem ao novo mundo, Cristovao Colombo antes de chegar a costa caribenha do continente, acostou numa das tres ilhas que se encontram ao largo das Honduras conhecidas hoje como as Bay Islands.
A ilha era habitada por um punhado de indigenas que assim como a regra ditava na altura foram tornados escravos e enviados para exploracoes agricolas no continente.
Hoje em dia a ligacao ao continete e feita pelo um moderno ferry que plana sobre a agua a uma velocidade superior a 25 knots.
As Bay Islands sao de longe o sitio mais turistico das Honduras. A ilha de Roatan, e uma ilha tropical ca cheia de palmeiras e uma densa selva no seu interior, que em muitos pontos so termina junto ao mar nao permitindo assim a formacao de praias de areia branca na sua costa.
No entanto a agua desta ilha faz jus a fama do mar das caraibas.
Roatan e circundada pela segunda maior barreira de coral do planeta ( a seguir a Australiana) e isso faz desta ilha uma atraccao para os amantes de mergulhos e snorkeling. Goza tambem de ser o sitio mais barato do mundo para se obter um certificado de mergulhador.
Apesar da sua barreira de coral, a concentracao turistica nao e de luxo mas sim de backpacjers oferecendo uma serie de Hostales que arrendam bungalows a 10 usd por noite.
Para mim a verdadeira beleza da ilha, jaze na ponta oposta deste sitio que tem uma ligacao por uma estrada de terra batida que atravessa a ilha de lado a lado.
Nessa outra ponta, a oriental, vivem apenas os locals que subsistem ainda da pesca da lagosta que hoje e infelizmente toda exportada para os EUA.
O accent ingles caribenho aqui e bastante cerrado ao estilo do que estamos habituados a ouvir nos filmes de piratas. Este sempre foi o meu preferido.

Copan (vila) 11 de Dezembro

Copan ruinas fica situada a uma dezena de km de uma importante fronteira entra a Guatemala e as Honduras.
E uma pequena e simpatica vila ja um pouco direccionada para o turismo devido a sua proximidade com as ruinas de Copan- uma das mais importantes cidades Mayas de outrora.
Depois de apanharmos boleia de uma caixa aberta ate a entrada das ruinas, visitamos durante parte da manha e da tarde os vestigios ainda bem conservados de uma cidade que em tempos foi casa de varias geracoes de reis Mayas. Hoje em dia e depois de anos de escavacoes em terras enlameadas, as ruinas integram um parque natural com grande importancia historica.
Copan nos anos de 1300 chegou a ser tao grande e importante que os proprios indigenas tiveram que comecar uma desflorestacao das paredes do vale em seu redor.
A cidade era prospera e crescia a um ritmo inabalavel, mal sabiam os seus habitantes que isso viria a ser a sua ruina. Num ano excepcionalmente chuvoso, e devido a desflorestacao, deu-se uma derrocada massiva das paredes do vale que suterrou a maior da cidade, matando a maioria dos seus habitantes.
A cidade foi entao abandonada e quando um par de seculos depois foi descoberta pelos conquistadores Espanhois, apenas la viviam meia alguns indigenas que prontamente foram tornados escravos.
Hoje e depois de anos de programas de recuperacao e conservacao o parque da-nos uma pequena amostra do que em tempos foi o esplendor do imperio Maya.

Republica das Bananas

Concerteza que todos nos ja ouvimos a expressao republica das bananas.
Desde pequeno que a oico da boca da minha mae para descrever estes paises onde a desordem reina.
Desde pequeno que a oico da boca do meu Pai para descrever Portugal.
Descobri que a verdadeira Republica das Bananas e a Republica das Honduras. Senao me engano foi um ingles que assim a comecou a apelidar por esta ter sido durante muitos anos a maior exportadora de bananas para o mundo.
O nome nao podia ser mais preciso em sentido pratico e figurado!

Artefacto do viajante

Sinto-me envergonhado com o desejo de ter um passaporte cheio de selos e carimbos.
E uma ambicao comezinha mas estaria a mentir se vos dissesse que nao me encho de orgulho e satisfacao so de o olhar e o ver ficar mais "completo" de dia para dia.
Hoje na fronteira da Guatemala com as Honduras, para meu grande desalento, descobri que estes dois paises juntamente com Salvador, Belize e salvo erro Nicaragua tem um acordo "como a Europa" explica-me a guarda fronteirica talvez referindo-se ao espaco Schenguen. Logo so a saida da Nicaragua posso contar com mais uns cromos para a minha caderneta.

Ruinas Mayas de Copan, 11 de Dezembro

Sendo novo nesta coisa dos blogs, durante o dia tento guardar varias sencacoes para que mais tarde no quarto as possa transportar para papel.
Estas emocoes ideias e pensamentos muitas vezes desvanecem-se.
E desmotivante.

Panajachel, Lago Atitlan, 10 de Dezembro

Nem sempre fiz isto responde-me o chauffer da camioneta em que seguimos quando lhe pergunto ha quantos anos guiava turistas de Antigua ate as margens do Lago Atitlan.
O lago de Atitlan foi em tempos uma enorme cratera de vulcao, entao ainda activo.
Os povos indigenas fixaram-se a volta deste lago onde sobreviviam da agricultura mas desde ha 40 anos para ca, quando descobriram que era mais proveitoso venderem os seus terrenos aos gringos para construirem casas de ferias que os usarem para plantar feijao, milho e cafe, rapidamente os comecaram a alienar.
Em 85 um grupo de Norte Americanos puseram em pratica um projecto de piscicultura e trouxeram uma especie de peixe israelita chamada "blackpass" (escrito como ouvido).
Este peixe de grandes dimensoes, rapidamente dizimou a populacao marinha nativa do lago, as especies Tilapia e Guapote.
Foi este projecto que pos fim a vida de pescador que levava o meu motorista assim como a toda a sua familia, ja que para pescar o blackpass e necessario um arpao e equipamento de mergulho inacessivel aos indigenas por razoes obvias.
O clima aqui e temperado, faz-me lembrar a primavera no Mediterraneo. Talvez seja por o lago apesar de estar num pais tropical se encontrar a 1500 metros de altura...
A diferenca e que aqui so ha duas estacoes, obedecendo agora sim ao clima dos paises tropicais.
A epoca das chuvas e a estacao seca.
Ontem na viagem de autocarro para ca tivemos tambem a sorte de dar-mos de caras com um Espanhol de raizes, Guatemalteco de nacionalidade, que por acaso umas horas mais tarde se cruzou connosco ao jantar, e depois de uma hora de conversa nos convidou para visitar um projecto seu ali no lago na manha seguinte.
E arquitecto, tem um ar Europeu e topa-se a legua que e artista. O seu Pai veio para a Guatemala trabalhar e por aqui criou familia e acabou por ficar.
Um dia veio ao lago apaixonou-se por este e decidiu ca ficar a viver para fugir da confusao e do perigo de Guatemala City. Agora desenha casas essencialmente para estrangeiros que tal como ele se apaixonam pelo lago. Goza de uma grande liberdade pois nao existe qualquer tipo de regras ou planos para as construccoes no lago, facto alias provado pelo enorme mamarracho verde de 12 andares plantado na margem deste.
"Una historia muy fea, muy fea" diz-me.
Ao lado deste hotel existem uma serie de casa lindas todas perfeitamente integradas na paisagem.
Aqueles terrenos foram em tempos todos possuidos por uma familia colombiana que aceitou na altura vender um lote mesmo ao lado dos seus a um velho amigo da familia, eis senao quando este comeca um projecto hoteleiro no terreno que tao gentilmente lhe fora cedido.
Chegamos finalmente depois de uma viagem na sua lancha de meia hora a sua casa. O seu sonho e objectivo e fazer com que esta casa seja um dia futuro totalmente auto-sustentavel.
Tem projectos para cultivar cafe, fazer uma horta e ate um centro de piscicultura ao lado do seu ancoradouro.
Veem-se ainda paineis solares e um moinho eolico. Tudo e ecologico num sitio onde hoje em dia a falta de respeito pelo meio ambiente digna de estes paises de terceiro mundo parece imperar.
- Se o Mundo acabar, sobrevivo aqui so a olhar para o lago.
Apesar de mais culto e viajado que qualquer um de nos, suspeito que inconscientemente, se prepara para o fim desta era, que de acordo com a lenda Maya acabara no nosso ano de 2012.
Penso que aqui acaba a minha aventura pelas terras Guatemaltecas.
Veremos que surpresas nos reserva a noite de viagem para as ruinas Mayas de Copan ja nas Honduras!

Aeroporto do Panama, 7 de Agosto

Finalmente em vigem.
O dia de ontem foi stressante.
Comeco a perceber o que dizem acerca dos entraves que poes a entrada de estrangeiros nos paises de terceiro mundo.
Com o devido respeito pela Guatemala, acham que um tipo Europeu de 20 anos ainda por cima com residencia e um visto de estudante no Chile, quer migrar para la?
Um pais em guerra aberta que se assemelha ao Vietname...
Ontem foi a derradeira despedida de Santiago.
Nada melhor que um jantar no Liguria, um belo bife de chorizo acompanhado por umas coronas frescas.
Melhor ainda soube por ser um regalo da parte do meu amigo Manel.
Talvez um incentivo para que nos encontremos em Cuzco ja que o negocio foi que se la nos encontrassemos eu teria oportunidade de lhe oferecer um jantar da mesma categoria.
Depois a noite no subterraneo que ainda deu para nos perdermos em Providencia.
Agora ja no Panama, a t-shirt ja cola assim que saio e sinto aquele bafo humido que me empurra de volta para dentro do aviao.

Santiago

Acordo. Esta um silencio sepulcral.
Falta o Bravo no sofa da sala a pastar pelo facebook, o Miguel ainda a dormir na cama do quarto, e o Horta e Costa a fumar de Boxers na sala.
Ja sairam todos de manha.
Estava com sono, mal me lembro da despedida.
O tempo esta uma merda. Coincidencia num dia triste como este o sol esconde-se como ja nao fazia ha dois meses.
Esta tarde faco finalmente as malas e preparo-me para deixar definitivamente esta casa.
Ontem a despedida foi triste mas esperada e consentida.
E estranha esta solidao.