Amazonia Express - death road ou death row?

As portas da Amazonia e demasiado desconjuntado, mal dormido e cansado para contar a noite.
A estrada mais perigosa do mundo. Aguardem pelo proximo episodio!

Cuzco na terra dos Incas

Depois de mais uma cansativa viagem com uma interminavel escala em Lima, chegamos finalmente a Cuzco.
O plano era esperar dois dias pelo Manel, o Bessa e a Xinha para subirmos juntos a Machu Pichu.
Cuzco e uma cidade turistica, grande, fria mas agradavel. Muito mais tipica que genuina, nao e dificil encontrar o vestuario tipico dos Andes importado da India e de outros paises, as tipicas calcas coloridas e tunicas que se encontram na Malasia passando por Marrocos e acabando aqui no Peru.
As criancas vestidas como palhacos de circo a pedirem propina para serem fotografados com os turistas.
Em relacao a Machu Pichu, a mim pareceu-me um Zoologico. Um parque onde chegam milhares de turistas a quem foi prometido aventura.
No entanto e inegavel a magia e a beleza nao tanto da cidade mas do sitio, da montanha e do vale em redor. Parece quase um cenario montado para um filme e incrivel so imaginar como e que ha milhares de anos um povo nao ocidental teve a coragem e sabedoria para construir uma cidade num sitio tao inospito. Algo como a historia das piramides egipcias.

E-cum-a-dor

Nunca me imaginei a disfrutar de frio.
Quito e de longe a cidade com a movida mais excitante onde estive ate agora na America do Sul.
Ou ninguem trabalha ou hoje e feriado e eu nao sei.
Mariscal tem qualquer coisa de Santiago nao sei se e a temperatura amena, a poluicao ou talvez a Luz.
E uma cidade feita para os Turistas mas vivida pelos Locals.
Sushi's com pinta Carioca, cafes e restaurantes iguais aos do bairro de Recoleta em Buenos Aires, musica ambiente que certamente tocara para o ano no hotel Costes ou no Budha Bar em Paris. Ate os Indios tem um ar mais nordico ( se isso e possivel). Sinto-me infinitamente mais perto de casa que ha um dia atras.
Talvez seja por estar mais perto de Santiago.

Milion dollar question

Ja tinha estado em Cuba.
Lembro-me apenas do turismo de massas de Alemaes de bigode e tanga na praia, ou de canadianos franceses ambosa atirados e adormecidos a torrar ao sol rendidos aos encantos dos mojitos e cubas libres dos hoteis all inclusive de varadero. Uma especie de mistura de Quarteira com a Costa da Caparica em Agosto com um ligeiro trave a Cabo Verde.
Paraiso prometido por 600 dolares.
Desta vez tive a sorte de ir a La Habana.
Toda a gente conhece dos postais as cores viva intervaladas por predios despidos de estuque ainda em tijolo ou as banheiras americanas que foram ficando por aqui e ate as mulatinhas de uma cidade onde o negocio do sexo deve rivalizar com Banguecoque ou Las Vegas.
No entanto e ja da outra vez tinha ficado com essa ideia a verdadeira beleza de Cuba reside no povo.
Nao tenho palavras nem ideias para descrever o que e o regime. Nem o entendo bem. E preciso viver-lo e respirar-lo.
As pessoas recebem do estado 10 a 20 euros por mes. Numa tarde em que peco 4 mojitos, bebo o sustento de uma familia por 15 dias.
Como e que eles vivem? essa e a pergunta do milhao. A resposta e "magia". Em Cuba todos sao magicos e pela economia ser centralizada e nao delegarem responsabilidades em ninguem, porque nao ha "chefes", 75% dos mojitos que bebo e para pagar a magia do barman e da sua familia.
Isto tudo para minha grande desilusao confirma que o regime e uma fantochada e vivem todos uma mentira. No entanto os Cubanos sentem um grande orgulho no Comandante en jefe e no seu martir que erradia carisma Che. E facil de se ficar apanhado por eles.

O que vai acontecer a Cuba quando Fidel morrer? Essa e a pergunta dos 10 milhoes. O que vale e que os Americanos tem dinheiro para a responder.

Bocas del Toro- "Dias Lentos"

Ja tinha ouvido falar de Bocas.
Ha poucos sitios que correspondem as minhas expectativas. Nem melhores nem piores so diferentes. Bocas e um bom exemplo disso. Ao contrario de linguas de areia perdidas no mar das caraibas, o arquipelago de Bocas encontra-se bem perto do continente.
Todas as vilas estao viradas para poente ou seja para terra, e para a grande baia de agua salgada de Chiriqui.
Muitas vezes mais do que o proprio sitio onde estou o que me faz gostar ou nao e o hostel onde fico as pessoas com quem estou e que conheco.
Assim foi, depois do fim do ano passado em puerto viejo de talamanca na fronteira caribenha da costa rica com o panama, onde encontramos o To e o Goncalo, e tambem a Joana e o Costa seguimos todos separados mas com o intuito de nos encontrar-mos em bocas.
Ficamos instalados no melhor hostel onde ja tive.
Construido por cima da agua do outro lado do canal de agua com cerca de 200 metros de largura de agua azul turquesa e fundo de areia que separa a vola de bocas de careneros, ilha com o melhor pico de surf das redondezas.
O aqua lounge tem dois dormitorios com 9 camas cada um em que a porta dos quartos dao para um alpendre cerca de meio metro acima da agua do mar com um mesa e meia duzia de hammocks.
O hostel e praticamente so frequentado por surfistas que preferem a calma deste lado a agitacao turistica do outro lado.
Todos os transportes sao feitos de barco.
1 usd para atravessar o canal, 2,5 para a ilha de bastimentos, e 2 tambem para o pico no meio do mar.
Ali perto nao existe nenhum beach break por isso e mesmo obrigatorio apanhar o barco para o meio das ondas.
Os pescadores funcionam como um cartel por isso nao e possivel regatear os precos.
No hostel para alem de nos portugueses (a joana e o duarte ja seguiram para o peru), estao 3 zucas cariocas, que dao uma alegria especial ao lugar com a sua festa e aquela ladainha que e a sua lingua.
Todos os dias surfam voltam de barco pescam com um arpao meia duzia de peixes e voltam para surfar.
Ha ainda mais 3 americanos um da california outro do texas e arizona.
A noite ou vamos dar uma volta a vila pelos bare ou limitamo-nos a jogar black jack e ler.
A proposito ja acabei o rio das flores. Que fraca personagem.
Foram 7 dias passados a olhar para a agua a baloicar nas redes esperando recuperar a vontade de viajar!

Montezuma, Natal

A vontade de actualizar o blog vai sendo cada vez mais pequena.
E tambem dificil de decidir e filtrar o que escrever aqui.
Muitas vezes sinto-me frustrado por poder apenas passar pequenas amostras do que sao os meus dias.
O Natal foi passado muito bem em Montezuma uma vila costeira na peninsula de Nicoya no Norte da Costa Rica. A dona do hostel uma alema ali exilada ha 20 anos, acabou por partilhar a nossa ceia de Natal juntamente com alguns amigos seus.
No dia 24 o sol brilhava como ja nao o via ha muito tempo. Passamos o dia na praia.
A sala era constituida por uma americana-koreana, um havaiano, a Majken, o Stefan, o Miguel, eu e o Fred e ainda mais um canadiano e o nosso amigo judeu californiano Micah.
Dia 26 seguimos caminho depois de alugar um jipe para o corcovado e drake bay.